CONSPIRAÇÃO MUNDIAL CONTRA A FÉ CRISTÃ

quinta-feira, 5 de novembro de 2009



Com excessiva frequência somos confrontados com vigorosos ataques contra a fé cristã e com escândalos morais de toda ordem. A percepção de que há algo errado têm sido expressa nas mais diversas ocasiões. Max Ziegelbauer, por exemplo, bispo (emérito) da diocese católica romana de Augsburg, Alemanha, formulou recentemente: “Vivemos numa época de ideologias, frequentemente militantes. Pontos de vista parciais na 'qualidade' de hipóteses são elevados ao todo e absoluto. Um mito qualquer está contra o mistério, uma alegação contra o Evangelho, a instituição de um novo mundo com uma sociedade livre de Deus contra a salvação em Cristo. Temperamentos calmos talvez perguntem: por que tal rispidez, tal pessimismo? A vigilância infelizmente precisa concordar: 'O objetivo estratégico é a erradicação da religião'”. Semelhantemente Kurt Gödel, um dos maiores matemáticos do século 20, externava em 1961 a preocupação de que “noventa por cento dos filósofos contemporâneos consideram que sua principal tarefa é destruir a religião na mente das pessoas”.


A ligação entre desenvolvimentos nas esferas moral e espiritual permanece muitas vezes subentendida e pode ser paradigmaticamente ilustrada com Bertrand Russell (1872-1970), brilhante matemático, apaixonado defensor do ateísmo, pioneiro do matrimônio aberto (sem compromisso de fidelidade sexual), autor do livro “Por que não sou cristão”, e profundo conhecedor de técnicas de manipulação social. Sobre (parte de) sua motivação o próprio Russell escreveu: “Há um ódio feroz em mim, um ódio que é igualmente uma fonte de vida e energia – cessar de odiar não seria realmente bom… eu costumava estar receoso de mim mesmo e do lado escuro de meu instinto, [mas] agora não estou”.

Há muitos que veem em tal estado das coisas um prenúncio do fim dos tempos. Mas a Bíblia menciona ateus debochados e sociedades imorais e injustas desde a Antiguidade. Podemos ainda recordar o pântano moral das fases mais negras do Império Romano; a vida frívola em muitas cortes europeias do passado; ou a Viena de meados do século 19, onde mais da metade dos nascimentos ocorriam fora de casamentos.

É certo que nossa sociedade possui distintivos inéditos, como a invasão facilitada da privacidade pela mídia, por exemplo. Mas a raiz do problema continua sendo a mesma: “o mundo inteiro jaz no maligno”. As evidências que se manifestam são mais conspiratórias do que apocalípticas; e sabemos quem é o conspirador. Por incrível que pareça, o próprio Bertrand Russell admite a possibilidade de sua existência, mas afirma não se importar, alegando motivos filosóficos: “Também não posso provar que Satã seja uma ficção. E o Deus cristão pode existir, assim podem os deuses do Olimpo... Eles estão fora da região de conhecimento provável e por isto não há razão para considerá-los”. A essência de posicionamentos deste tipo é questionada por intelectuais de renome como Gödel e Einstein, que sempre relutaram em restringir o que existe àquilo que se pode conhecer usando o método científico. A atitude expressa na última frase da citação obviamente é um tiro que no cotidiano tipicamente sairia pela culatra. Mesmo não conhecendo os imprevistos de amanhã, por exemplo, nem sua probabilidade, o ser humano prudente prepara-se de alguma forma: financeiramente, emocionalmente etc. Além disto, escolher nivelar com mitos gregos a revelação de Deus ao longo da história, especialmente a revelação por meio do Jesus da história, só é possível com supressão de evidência. Está configurada, pois, uma questão de vontade e não filosófica. A ela Jesus se refere quando diz aos céticos do primeiro século: “Mas não quereis vir a mim para terdes vida!”.

Quem observa sucessores de Russell – por exemplo Richard Dawkins, autor do bestseller “Deus, um Delírio” – constata que a estratégia de seduzir a humanidade a “não querer” não mudou: oratória, carisma, plausibilidades, endoutrinamento, deboche, enfim qualquer coisa para desestimular o contato do grande público com o Evangelho. Tudo isto acompanhado de uma avalanche de lixo cultural e moral que apela aos sentidos; tudo para blindar o indivíduo contra o Evangelho. Felizmente este objetivo é inalcançável, pois “não é a minha palavra como fogo, diz o Senhor, e como um martelo que esmiúça a pedra?”.8 São abundantes as biografias que confirmam isto.

Mesmo assim, às vezes o desânimo com o estado das coisas ameaça se impor. Para estes casos Ruy Barbosa deixou-nos um exemplo de reorientação. Em certa situação escreveu a um amigo: “Nunca senti pelas vilanias humanas mais enjoos e pela sorte de nossa terra mais desânimo. Felizmente a fé em Deus se me vai acendendo, à medida que se me apaga a confiança nos homens. No meio de tantos desconfortos e iniquidade tenho me entregado estes dias exclusivamente à leitura do Evangelho, a eterna consolação dos malferidos nos grandes naufrágios”.9 Ruy Barbosa apropriou-se de nova perspectiva lendo o Evangelho, onde Jesus diz: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.

Mais tarde João ensinaria que “todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?”. Esta perspectiva vitoriosa é, pois, a perspectiva cristã conclusiva em qualquer cenário, inclusive no enfrentamento de conspirações fadadas ao fracasso final.

Fonte : Revista Ultimato

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