CUIDADO COM O ELEFANTE

terça-feira, 3 de novembro de 2009


Encontrei nas minhas andanças uma história bastante interessante que usarei como analogia para mostrar como as pessoas estão descrevendo a “igreja” nestes dias. Para quase toda a totalidade delas, elas, as igrejas, são todas iguais, pois na sua essência, buscam de alguma forma adorar a Deus. Alguns ainda usam a Bíblia para justificarem suas posições afirmando que o que importa é que Cristo seja conhecido. O texto de Filipenses 1:18 é empregado abertamente como argumento para não questionarem as distorções e as heresias pregadas nas igrejas de fachada.


Conta-se que quatro homens cegos encontram um “elefante”. Já que aqueles homens nunca tinham encontrado um elefante, eles começam a apalpá-lo, buscando entender e descrever esse novo fenômeno. Um agarra a tromba e conclui, é uma cobra. Outro examina uma das pernas do elefante e descreve, é uma árvore. O outro descobre a cauda do elefante e anuncia, é uma corda. E o quarto homem cego, depois de descobrir a lateral do elefante, conclui que é, depois de tudo, uma parede. Alguém que assistia a tudo chegou para aquele grupo e alertou para o fato de estarem diante de um “elefante”, um animal muito perigoso por causa do seu temperamento e de sua força.

Cada um, em sua cegueira, está descrevendo a mesma coisa, ainda que cada um tenha descrito a mesma coisa de maneiras radicalmente diferentes. Por não conseguirem enxergar, deduziram pela analogia do toque, que aquilo era o que efetivamente sentiam ao terem em suas mãos parte daquele animal. Até o perigo foi ignorado, sequer foi lembrado.

De acordo com muitos, isso é semelhante às diferentes igrejas do mundo, todas estão pregando, aos seus olhos, a mesma coisa de maneiras radicalmente diferentes. Desta forma, conclui-se que nenhuma igreja individual tem o caminho da verdade, assim nem todas devem ser vistas como igualmente válidas na sua essência. A questão é que diante do poder de convencimento e das intenções de cada um, poucos estão disposto a abrirem os olhos e identificarem o “elefante religioso” que convivem com ele diariamente, mesmo diante do perigo eminente.

Algumas questões precisam ser avaliadas diante do contexto em que a religião se encontra hoje, pois há uma mistura perigosa entre várias correntes religiosas causando um desconforto muito grande para o cristianismo. Muitas igrejas só sobrevivem porque suas hierarquias pregam e lutam por poder e privilégios, assim em grande parte do mundo contemporâneo a religião está morta, mas ainda projeta sombras em vários aspectos da vida privada e coletiva dominando pessoas com promessas vazias e sem embasamento espiritual. Enquanto as religiões modernas continuarem desejando serem instituições poderosas, elas serão um obstáculo para a paz e para o desenvolvimento de uma atitude genuinamente religiosa que verdadeiramente conduza o homem a Deus. A igreja afirma que defende seu poder e os aspectos econômicos dele para preservar sua capacidade de pregar o Evangelho

A primeira é que há o objeto da questão, o elefante! Há “igrejas” também! O que os homens cegos estavam tentando descrever era, de fato, um elefante que estava diante deles, e nada mais. Da mesma forma, há verdadeiros questionamentos sobre as igrejas que precisam ser observados, há muita coisa parecendo, mas que no fundo nada tem a ver com o exercício da fé. Assim, nem todas as opiniões concernentes aos elefantes ou à natureza da igreja são igualmente verdadeiras. Existem muitos interesses escondidos atrás da religião que merecem ser questionados e enxergados do ponto de vista racional e teológico. Por mais que os cegos usassem suas convicções e até disputassem entre si, aquele animal jamais deixaria de ser o que ele efetivamente era.

A segunda questão é que todos os quatro homens cegos estavam, de fato, errados. Vale lembrar que a cegueira deles não era uma opção, mas uma fatalidade, pois nasceram daquela forma; já na religião os cegos o são por conveniência ou por interesses e como há interesses escondidos por trás da religiosidade. O animal era um elefante e não uma parede, ou uma corda, ou uma árvore ou uma cobra. Suas opiniões não eram igualmente verdadeiras dentro de seus conceitos, eram iguais, mas verdadeiramente falsas.

Na melhor das hipóteses, tal analogia do pluralismo religioso mostraria que boa parte das igrejas são falsas, são portas, cordas, árvore e até paredes fechadas.

Não são verdadeiras. A cegueira vedava-lhes a oportunidade de conhecerem uma obra fenomenal da criação de Deus, um gigante da natureza. A cegueira espiritual também impede a pessoa de discernir entre o falso e o verdadeiro na vida cristã.

A terceira, e mais importante, a analogia não leva em conta nenhum tipo de revelação especial, nenhuma visão ou profecia. Um quinto homem que percebeu a dificuldade daqueles deficientes entrou em cena, alguém que pôde ver e provar que era realmente um elefante, um animal e não o que aqueles homens tinham identificado, a analogia mudou por completo. Deixou de ser uma simples imaginação para ter fundamentos verdadeiros.

O mundo moderno esqueceu que Jesus Cristo, único entre todos os líderes religiosos da história, afirmou ser esse "quinto homem"; a definitiva revelação de Deus. Ele veio para desmascarar as religiões e dar sentido à vida; veio derrubar conceitos vazios e inócuos; veio como verdade e não como uma alternativa para ela. Muitas pessoas que assistiram aos milagres de Jesus e ouviram ele falar, sentiram-se ofendidas por suas claras declarações sobre sua divindade, como na história acima ele veio mostrar que os cegos podem ver, os elefantes podem ser desmistificados; que a verdadeira religião é uma realidade insofismável que deve ser objeto da razão da expressão de fé do homem.

Com o que você está identificando a sua fé? Que tipo de conceito você tem de igreja? Quais os parâmetros que o ajudam na sua fundamentação cristã? E as lideranças, como estão sendo vistas? Pense nisto, avalie suas ponderações e procure estabelecê-las sobre a ótica dos ensinos de Jesus e assim você será bem sucedido na sua vida espiritual neste mundo.

A igreja teria, da forma como foi constituída por Deus, que invadir o mundo e não ser invadida por ele; teria que provocar transformações, não ser transformada de forma radical como está acontecendo; deveria ser exemplo de comportamento na sociedade, e não usada para fins escusos; teria que promover o avivamento e não movimentos do tipo “Marchas Para...” Ou fugimos da aparência do mal, DA APARÊNCIA, ou nos atrelamos a ele e arcamos com as conseqüências de um cristianismo vazio, pobre, de formas mas, sem qualquer conteúdo. As pedras estão clamando e já não há como atendê-las nos seus clamores por causa da conivência e da convivência pacífica da igreja com as coisas do mundo hoje. O mundo muda sim, e o homem nas suas fraquezas acompanha tais mudanças, mas o “Evangelho é o mesmo, ontem, hoje e o será eternamente”.

Fonte: Da redação do Plox (Carlos Roberto Martins de Souza)


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